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Uma Hora de Poesia... na Radio Vizela





Na próxima 4ª feira, novo poeta:RUY BELO
Apesar de ter morrido muito jovem,( 45 anos),é considerado um dos maiores poetas da 2ª metade do século xx
Muitos dos seus poemas estão ligados às temáticas do religioso e da metafísica, mas também,
-às paixões antigas;à natureza;à infância: à sociedade:
"AMEI A MULHER, AMEI A TERRA, AMEI O MAR!

~"É TRISTE IR PELA VIDA COMO QUEM REGRESSA E ENTRAR, HUMILDEMENTE, POR ENGANO, PELA MORTE DENTRO"...

Ruy Belo vai ser a nossa companhia à hora do café...

HORA DA POESIA.21 horas, dia 7 de novembro, Rádio Vizela














2ª PARTE DO PROGRAMA











HORA DA POESIA
24.10.2012

MARIA TERESA HORTA

A sua produção poética é sempre fiel às questões poéticas e políticas que sustentam a MULHER, A CIDADÃ...A POETISA!

"Não entendo os silêncios
que tu fazes
nem aquilo que espreitas
só comigo.

se escondes a imagem
e a palavra
e adivinhas aquilo que não
digo
se te calas
eu oiço e eu invento
se tu foges
eu sei ,não te persigo

estendo-te as mãos
dou-te a minha alma
e continuo a querer ficar contigo.

in OS SILÊNCIOS


OS ENTRETANTOS…
Nos entretantos, vem um poema do Manuel Marques, cooperante da Rádio Vizela, funcionária da mesma e com a responsabilidade da programação, poema esse dedicado à sua irmã, recentemente falecida…




A RUA
ONDE A CANDIDA MORAVA

A rua onde a Cândida morava
Já não tem a mesma alegria
A todos ela saudava
Com um sorriso de bom dia(…)
(…) agora, ficou a saudade
Na sua onde ela morou…

Não nos esqueçamos de que o Manuel, marques é um POETA INATO! É dele o poema celebrizado no nascimento da Rádio Vizela “Dorme, Vizela!...
Numa das muitas excursões feitas a Lisboa “para trazermos o nosso concelho”, eu e ele fizemos o percurso na mesma camioneta. Então, dessa vez também, a criação do nosso concelho foi chumbada na Assembleia da República. Pelo caminho de regresso, o Manuel Marques, tipo jogral e trovador, enquanto nas cordas da viola dedilhava gemidos a sua voz cantava canções de intervenção por Vizela. Poemas seus. Quando acabou, eu pedi-lhe canta mais poemas teus! Ele apenas respondeu: agora só voltarei a fazer poemas quando Vizela for concelho… Onde foi isto?.... Numa das paragens da auto-estrada. Creio que em Aveiras. Entretanto, muitos anos se passaram…
O Manuel Marques é POETA!



Natural de Lisboa onde nasceu em 1937. Dos livros publicados há “Luzes de Leonor” dedicado à marquesa de Alorna sua penta-avó. Filha de pai médico, muito inteligente e estudioso. Mas inflexível e distante. Em compensação, havia a ternura materna. Mesmo contra a rebeldia da poetisa, criança difícil de “controlar”. Extrovertida. E muito sensível. Nas letras, “bebeu” a sensibilidade da avó, que muita poesia lhe leu e a levou a gostar do aroma das lombadas dos livros da biblioteca da casa.
Em adulta, além da polkivalência de funções, Teresa Horta foi poetisa da liberdade de pensamento. Mas também uma poetisa da sensualidade e até do erotismo. Será dela, talvez, a primeira ontologia da poesia erótica. Mas poesia com estilo. Com beleza. Com frescura.

E vem um poema

VERSO DE CORPO INTEIRO

Para mim, o amor fica no justo.
Eu só visto a paixão do corpo inteiro(…)




E depois para todos os poemas que se seguiram, como música de fundo, lindas e relaxantes melodias de piano e violino e também um fundo de orquestra. Poesia e música são duas faces da mesma moeda: completam-se. 
E um outro poema que não consegui entender, por ignorância minha, que irei desfazer: poema de “A Voz” ou poema de “AVóS”?...



Da tua voz, o corpo
O tempo já vencido
Os dedos que me vogam nos cabelos
E os lábios que me roçam pela boca…
(…)Meu amor, que assim te invento…
Mas que não vens!...


Entretanto, o pai descobriu que a sua menina aos quatro anos já sabia ler e logo diligenciou pela sua educação neste âmbito.
à rapariga que entretanto se fez, o pai a olhava com estranheza Todavia, na interpretação da mãe, ela era apenas uma rapariga diferente… que, pelo que se ouviu entretanto, afinal, saía à mãe já que o pai, um dia, disse que lhe bastava uma rebelde na casa.

POEMA CHAMA

Como podes tirar de mim o pensamento
Um minuto que seja na nossa cama (…)
Devagar, tiro-te a camisa
E tu tiras-me a saia pela cabeça.
E não há nada para inventar, meu amor
Que não aconteça!...


Aos catorze anos ela já lia Camões ( o seu poeta preferido na lírica…). Cesário Verde, Emília Dickson, Antero de Quental, Florbela Espanca ,etc… Simone Beauvoir ( com um dicionário ao lado!).
E daí a sua opção pela liberdade feminina…
Pela crise de 1969, sai este poema…

SICUTA

Debruça-te amor
E colhe-me a manhã
Bebe-me o hálito…


As leituras por que optou fizeram uma grande reviravolta na sua vida. Tímida, mas determinada. Arrojada e por isso também optou pela política.
Um dia, um jovem seguiu-a e a medo pediu-lhe: gostaria que distribuísses estes panfletos. Mas tem cuidado! Não sejas presa! 
Que desilusão! Pensava que era um príncipe encantado para lhe declarar amor! Ele vinha na sua peugada mas estava a vê-lo!... A perspicácia feminia!...

O SEGREDO

Não contes no meu vestido
Que tiro pela cabeça
Nem que corra os cortinados
para uma sombra mais espessa…
Não contes com o meu rolo
Nem com a roca de fiar…

E já está em linha a poetisa Teresa Horta…


Recusou um prémio da Fundação Casa de Mateus - “As Luzes de Leonor”. Por que recusou? Por uma questão de coerência em defesa da Liberdade, num Governo que é o pior depois do 25 de Abril.
E faz a defesa dos desprotegidos que este Governo está a agredir. Por isso nunca receberia um prémio das mãos do responsável deste Governo.
Agora, a sua luta é pela coerência uma vez que já ninguém a vem a casa prender.
- Nós “ainda” vivemos em liberdade. E por isso luta pela Liberdade para este País continuar a ser livre.

E desancou bem e acertadamente no governo actual. A coerência é para si uma questão de honra! 
Entretanto, o diálogo regressa à sua infância, ao tempo da educação paterna. Apesar de tudo, o pai deu-lhe as ferramentas para o seu trabalho. A par da “paixão de luz” da sua mãe. Mulher espantosamente bonita. Pássaro de milhares de cores. E recuou à sua avó, a primeira mulher em Portugal a frequentar o liceu e a fazer traduções. Valores que esta poetisa herdou .
A avó, uma outra protecção que teve na sua infância. Escondia-se do pai… para ler!”
Nesse tempo, não havia um livro escrito por uma mulher (portuguesa)…
- Percebeste o que leste? – Perguntaram-lhe era pequenia
- Não. Mas sei que o que li era lindo!.
- Quem é esta Marquesa de Alorna?...- perguntou, mais tarde a poetisa
- Uma tua avó, que até escrevia poesia.


- E daí eu decidi ser poeta…

- Para se escrever, tem de se ler e no nosso interior esta leitura como que se mastiga e digere e algo de novo sai…

E o diálogo continua… percorrendo episódios biográficos onde, de vez em quando, aparecia a marquesa de Alorna em retratos, até pelos palácios de Sintra… 


E inventou um poema feito pela marquesa de Alorna… Com frases e versos de escritoras… Frases de livros de muitas mulheres!” E também uma frase sua …

Para a minha sede
Nenhuma água chega

E ninguém se apercebeu deste “truque”

E Camões?...
- É o POETA! O maior poeta da mundo!


Escrever, para a poetisa, é a fuga para a irrealidade! E deve este seu dom à Língua Portuguesa e à marquesa de Alorna. Maria TERESA Horta procura o que é belo e a beleza está na POESIA! 
E para isto a nossa Língua é tão sábia!

Tenho desejo de comer flores
Comer camélias…
e vem o gosto de mastigas estas flores

Eu desejo comer rosas…
E vem ao sabor o gosto que será comer rosas…

A coisa mais linda que escreveram sobre ela: “eu antes de a ler, não sabia o que o cheiro e pela sua escrita eu consegui captá-lo…”



OUTRO POEMA…
O TEMPO…

Foste o meu passado
E serás o meu futuro
Mesmo quando ele já tiver acabado!...

E vai sair um novo livro desta poetisa… “Acho que não se sabe vender poesia…” A poesia é o sonho!

Dos muitos, eis alguns dos poemas de Maria teresa Horta.
E nestes, morre a minha dúvida atrás referida: o poema é o de “ A VOZ”.



VERTIGEM
REFERÊNCIA
DEPOIMENTO
ABRIGO
EGOÍSMO
OS SILÊNCIOS DA FALA
POEMA SOBRE A RECUSA
DÚVIDA
POEMA ANTIGO
A VOZ











HORA DA POESIA
Connosco, na próxima 4ª feira, pelas 21 horas, Miguel Braamcamp Mancellos...

Falar do poeta, é falar da sua obra:

o seu livro-À FLOR DA ALMA,-serve, antes de mais , o seu ego solitário que grita sem boca, um grito, que até agora contido, é quase uma necessidade física...

Move-o a partilha...

"Sou consciência atormentada
que afronta o mundo,
..enquanto animal puro,
sou parte do mund

o, sou o mundo
...como a árvore, a flore as andorinhas..
Mas como homem, sou consciência que se opõe.


...Busco uma ordem menor
numa ordeira desordem maior
que é este mundo em mim...."




De ALICE VIEIRA, a nossa convidada de A HORA DA POESIA....
Poucos conhecem a beleza e profundidade que dá à sua poesia...poesia de amor,.. sempre de amor:



"eu sei que já é tarde, que sempre foi tarde

mesmo quando ainda era muito cedo



mas também sei que não há mais nada para lá


dos secretos recantos das histórias que nos pertencem


e abro a janela de todos os meus sentidos


deixando que tudo o que era teu, desapareça contigo


entre os murmúrios das horas...."






Hora da Poesia da Rádio Vizela lotou auditório





O objetivo era assinalar a passagem do primeiro aniversário do programa “Hora da Poesia” da Rádio Vizela, cuja autora é Conceição Lima.
Pelo auditório dos Bombeiros Voluntários de Vizela, passaram grandes figuras da terra ligadas à poesia, e vários ouvintes, poetas e dizedores de poesia de vários pontos do Norte do país. Carmen Cardin foi figura notável. A poetisa brasileira é já bem conhecida no seio da comunidade vizelense, assim como a Hora da Poesia é reconhecida no Brasil, segundo Carmen Cardin. Nota para a contribuição da Academia de Música da Sociedade Filarmónica Vizela, com os jovens talentos da música a emocionarem os presentes.
A noite ficou também marcada pela intervenção de Francisco Correia, poeta vizelense, que lançou um repto à autarquia, que não esteve representada. Propôs a atribuição a Conceição Lima e à Hora da Poesia da Rádio Vizela, a Medalha de Mérito Cultural do concelho.



























HORA DA POESIA
PRIMEIRO ANIVERSÁRIO
05.10.2012

(…) EIS QUE TEND DEUS DESCANSADO AO SÉTIMO DIA, SÓ O POETA CONTINUOU A SUA OBRA (…)

Pela Rádio Vizela e ela própria, viveu-se ontem à noite um dos tempos mais belos, emblemáticos e marcantes de uma forma de Cultura. Cultura que, se podemos classificá-la de erudita, nem por isso ela deixa de entrar, como ontem de certeza entrou, na massa cultural do Povo. Como ontem, e sobretudo ontem quando foi para o “ar” a edição das comemorações do primeiro aniversário de “ a Hora da Poesia” – um ícone ímpar do quanto e em simultâneo com as emissões on-line e a partilha num meio de comunicação social espantoso como é o facebook. A Dra Conceição Lima estava radiante de felicidade. E com motivos para tal.
Parafraseando Lavoisier, diríamos que se na Natureza nada se cria e nada se perde apenas tudo se transforma, nas rádios e no nosso caso na Rádio Vizela, do que vai para “o ar” nada se cria e nada se perde: tudo se transforma … em cultura! Para todos os gostos e todas as necessidades. Das maiores exigências às mais cómodas.
E neste plasma cultural, apareceu, há um ano, mais um espaço novo, singular e irrepetível como irrepetível é a água que vai rio abaixo. E o que é que apareceu assim de tão singular? O programa “ A Hora do poesia”! Programa ao qual o Director da Rádio Vizela, deixando logo de parte os “entretantos” com que a Dra Conceção Lima se pretendeu justificar, lhe abriu a porta. Mas não só a porta - as janelas da Rádio também, numa aceitação de braços abertos. E que na festa de ontem, à noite mais força deu ao abraço colectivo, enorme dos muitos abraços dos ouvintes e participantes no programa.
Se a Rádio Vizela está de parabéns pelo retumbante êxito do programa que é ouvido nos quatro cantos do mundo via on liine, e com toda a Vizela de orelha à escuta, de parabéns está a Dra Conceição Lima cujo programa, além do seu cunho pessoal, teve, e continua a ter, o dom de despertar curiosidade, como doce rebuçado se dá a quem logo a seguir fica ansioso por doçura ainda mais abundante e requintada.
Ontem à noite, a par da riqueza musical instrumental e coral da “prata da casa” – Academia de música da Sociedade Filarmónica – viveu-se um tempo cultural histórico memorável. Todo o passado de um ano ali passou em desfile, em “passerelle” no auditório da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários locais. Ou como em filme, no pensamento de todos os presentes – auditório cheio, onde nem uma agulha cabia! – passou a evocação de quase todos os poetas – não couberam todos! - que foram substância do programa ao longo de um ano. Quer da sua biografia quer da declamação de poema seus:
Tem este programa, como valor acrescentado, ainda mais um dom: o de ser um instrumento acessível a todos os ouvintes para, além do fomento do gosto pela poesia, a oportunidade do conhecimento, sem esforço, dos nossos melhores poetas. Quer no âmbito nacional quer mesmo no âmbito concelhio. E sobretudo neste, o programa teve ainda um outro dom! O da revelação de valores poéticos Vizelenses que, graças ao programa, saíram do anonimato e hoje são conhecidos e reconhecidos pela população vizelense e regional.
Pelo programa e ontem de forma resumida pelo auditório, passaram poetas como José Régio. A declamação do poema “Canto negro” com toda a sua força dramática de expressão e de voz, foi arrebatadora. A declamação da “Formiguinha”, pela própria poetisa e outros poemas ainda, foram de uma ternura comovente. Não só pela mensagem como também pela declamação. Florbela Espanca também tinha de passar. E passou nas atribulações sofridas de paixões incandescentes do amor na expressão de Camões do “fogo que arde sem se ver, ferida que dói e não se sente”(…). Os poemas metafísicos de Antero de Quental; do inconformismo e rebeldia de Alegre e tantos outros! Seria um nunca mais acabar de referências. Deixamos ao gosto do leitor o jogo da descoberta dos demais poetas invocados na sua biografia e nas suas obras. Pense, leitor! Pense em tudo quanto ouviu e presenciou ontem à noite num espectáculo, também ele irrepetível! Dispense-nos os pormenores e a lembrança dos poemas! Entre em si! Encontre-se agora consigo e recorde… Recorde o mar no pensamento de Sophia de Melo Breyner; a melancolia e dor saudosa de Florbela Espanca… A frontalidade de um António Botto… A saudade na sensibilidade de Teixeira de Pascoais, não fosse ele também pintor! A dor, com António Nobre… A volúpia em Eugénio de Andrade… A inquietação em Mia Couto. Recordam-se dele entre nós no passado mês de Maio?... Recordem! Recordem a rebeldia de Natália Correia, na sua pose de cigarro entre os dedos da mão em braço em forma de “V”. O “Brado” de Ary dos Santos. E os mundos de tantos outros da “Hora da poesia” trazidos para as nossas casas pelas ondas do 97.2 da Rádio Vizela! Novos mundos ao mundo estes poetas deram, na expressão camoniana!
E lembre, ainda, o auditório a rebentar pelas costuras. Com presenças – muitas da Póvoa de Varzim; outras, de Viana; do Fundão ( naquela senhora de azul vestida, da cor do mar em bonança..); do Marco de Canavezes; de Vale de Cambra; de outras localidades e… do Brasil! Vinda em apoteose, em “música de estrelas”.
E poetas nossos também lá estiveram! E recorda-se, ainda, amigo leitor, do que eles testemunharam do que para eles era a poesia e como a sentiram?... Ouviu-se de tudo um pouco: a poesia é um universo de sonhos que cabe num verso… O poeta é um visionário; um ser alado, que voa pelo cosmos e ouve e sente gemidos e ruídos; vozes e melodias e por isso “anda no mundo da lua”. O poeta é um profeta e mensageiro. O poeta consegue penetrar no mistério, no insondável e no inconcebido; e desse espaço imenso, infinito como é o Universo de seres possíveis às miríades, dar voz e dar sentido e transportar para a tela e para a pauta, seres desse mundo. Invisível à esmagadora maioria das pessoas mas que o vate ou o feiticeiro, se quiserem! Ou ainda com mais propriedade o santo com todo o seu esplendor de vivência, que é o poeta por excelência e que nas suas visões nos trouxe fragmentos do inefável existente nesses mundos invisíveis e intangíveis.
E houve comunicação entre o passado e o presente. Com o orgulho de todos os poetas falecidos e invocados e evocados a quem a muitos deles, só depois da sua morte a literatura os descobriu e tenta decifrar ainda as mensagens, muitas delas enigmáticas ainda para muitos de nós. Houve o encontro deste nosso mundo físico e de necessidades imediatas, com essoutro mundo. Isto mesmo estivemos nós ontem fazendo! Todos! Ontem realizou-se a parte do nosso credo quando nele se afirma: “Creio na comunicação dos santos (…) E eu já o disse e continuo a afirmá-lo: todos os nossos antepassados são santos – separados para uma determinada missão. E tanto assim que a própria igreja, daqui a três semanas, irá festejar todos os santos no seu dia de um de Novembro. De todos os santos que não têm honras de altar mas que nem por isso deixam de ser santos. Ontem, meus amigos, neste sentido, fomos igreja. Igreja onde se orou poesia! E se cantar é rezar duas vezes, ser poeta é ser santo duas vezes também!

Foi tão lindo! Foi tão maravilhoso este espectáculo ímpar, onde se orou poesia e se cantou e se vibrou em aclamações e palmas! E mais lindo ainda foi ver-se o maravilhoso alfobre de crianças e adolescentes; sementes embrionárias para fecundações futuras de tanto pensamento a desbravar e sensibilidade a despertar. O poeta não se faz! O poeta nasce! O poeta já nasce poeta! Precisa é de terreno fértil onde possa revelar-se o que escondido está na semente que ele ainda é em criança. Como o diamante que permanecerá ignorado porque escondido na rocha que o dinamite não rebente e o pico do pedreiro não esfrangalhe em cascalho. Só depois disto feito é que o diamante brilhará ao sol. É esta a força da cultura! É esta a missão da “Hora da Poesia”!
Todos nos sentimos órfãos quando chegou ao fim tão maravilhoso espectáculo, onde todos fomos espectadores e actores, Lá dentro. No auditório, ficou o vazio e o silêncio. Connosco, veio a saudade. Que se diluiu um tanto no convívio cá do outro lado, num alegre e contagiante diálogo de entusiasmo e de projectos, ao som ainda de música regional, da iniciativa de um grupo de amigos de V. N. de Gaia que propositadamente a esta festa vieram. Propositada e graciosamente. Num gesto de solidariedade e de apoio. Quando se ama, é assim! E este espectáculo foi a demonstração cabal do amor e da amizade que dele transcende!
Um bem-haja, Dra Conceição Lima, pelo esforço e pelo sucesso estrondoso da iniciativa. Como um bem-haja para a Rádio Vizela. E um bem-haja ainda para todos quantos tiveram a dita de participar num espetáculo para o qual já não há mais adjectivos qualificativos. E bendiz! Bendiz, Vizela, a riqueza imensa que há no seu teu seio! Pois que “em ti se encerra beleza infinda, Vizela linda, linda Vizela , terra bendita nos filhos teus(…)!”
E o futuro?... Mais poetas que nos levem além do Além!

VIZELA, 2012.10.06
PEDRO MARQUES














CARMEN CARDIN EM PORTUGAL


HORA DA POESIA na Rádio Vizela



Quarta Feira, Dia 3 de Outubro, pelas 21:00 h




Lançamento do seu novo livro




A Música das Estrelas




NÃO DEIXES DE ACOMPANHAR












NA PRÓXIMA 6ª FEIRA, 5 DE OUTUBRO, NO AUDITÓRIO DOS BOMBEIROS, EM VIZELA, PELAS 20.50,

a festa de aniversário da HORA DA POESIA:

servir-se-á poesia, de ontem e de hoje!!!Vinda da alma e dita com o coração!!!!

Ary, Torga, Sophia M. Breyner, Eugénio de Andrade,O'Neill, Manuel Alegre, Drummond, Natália Correia, Régio, Mia Couto, enfim, uma mesa de iguarias regada com as vozes de variados dizedores...
A enfeitar as travessas, música e canto...
O vinho?
A doce voz de CARMEN CARDIN!!!

NO fim, o bolo da praxe e espumante....acompanhados pelo LUAR DE AGOSTO!!!!!

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